Simone (Brasil)
Praça do Povo | Sábado | 16 Junho | 23h00 | Entrada livre
Simone Bittencourt nasceu em Salvador, capital da Bahia, em 1949.
Em 1965, aos 16 anos, Simone Bittencourt mudou-se de Salvador para São Paulo com os pais. Na capital paulista, Simone Bittencourt estudou música e começou a praticar desporto. Destacou-se no basquete, integrando seleções brasileiras em competições oficiais.
Aos 24 anos Simone Bittencourt foi levada por Moacir Machado para um teste na Odeon. Fez tanto sucesso no teste que assinou contrato com a editora e lançou, em 1972, “Simone” seu primeiro LP. Em outubro de 1973, convidada por Hermínio Bello de Carvalho, viajou para Bélgica e França com o espetáculo “Panorama Brasileiro”.
Mal havia regressado, a Madison Square (editora norte-americana) contratou-a para mais uma tornée – de três meses – do espetáculo, dessa vez para Canadá e EUA. No mesmo ano Simone Bittencourt lançou, com os sambistas Roberto Ribeiro e João de Aquino, o LP “Brasil–Export 73 Agô Kelofé” e participou das faixas “Nem Eu”, “Coqueiro de Itapoan/João Valentão” e “Fechei a Porta” do LP “Expo-Som 73 – Ao vivo”.
“Quatro Paredes”, o segundo LP solo, lançado em 1974, colocou dois sucessos nos tops: “Bodas de Prata” e “De Frente pro Crime”, da dupla João Bosco e Aldir Blanc.
O ano seguinte, 1975, seria o ano de “Gota d’água”. O disco alcançou enormes vendas e resultou num concerto até hoje lembrado como um dos melhores já feitos pela cantora. Os versos de Chico Buarque na música “Gota d’água” ganharam mais força na interpretação de Simone Bittencourt e de Milton Nascimento, seu convidado.
“Face a Face”, “Cigarra” e “Pedaços” foram os discos que se sucederam. O disco “Pedaços” deu origem ao espetáculo do mesmo nome, dirigido por Flávio Rangel, e visto em todo o Brasil por mais de 120.000 pessoas. Foi com músicas românticas que Simone realmente se destacou, “Começar de Novo” de Ivan Lins, por exemplo, foi a música responsável por sua ascensão.
Em 1980, regravou com explosivo sucesso “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré, canção que durante muitos anos esteve censurada pela política repressiva que o país vivia.
A baiana Simone Bittencourt tem muito do que se orgulhar, afinal antes dela, em 1981, com o espetáculo “Amar”, jamais uma cantora havia lotado, sozinha, o Maracanãzinho. Uma platéia diária de 15.000 pessoas assistiu, em 1982, no Estádio do Morumbi, o “Canta Brasil”, espetáculo que contou com a participação da cantora.
A média de um disco por ano continuou e vieram, respectivamente, “Delírios e Delícias”, “Desejos”, “Cristal”, “Amor e Paixão”, “Vício”, “Sedução”, “Simone Tudo por Amor”, “Liberdade”, “Raio de luz”, “Simone” (espanhol), “Sou Eu”, “La Distancia” (espanhol), “Simone Bittencourt de Oliveira”, “Dois Enamorados” (espanhol) e “25 de Dezembro”.
Um CD só com músicas de Martinho da Vila, “Café com Leite” dava início, em 1996, a projetos pessoais, como, por exemplo, o espetáculo “Brasil”, que foi montado no Metropolitan, no Rio de Janeiro, com direção de José Possi Neto, em que Simone Bittencourt interpretava canções de Ari Barroso, Dorival Caymmi, Gonzaguinha e outros, ou ainda, o CD “Loca”, lançado simultaneamente no Brasil e no exterior em 1998, o show “Fica Comigo Esta Noite”, dirigido por Ney Matogrosso, com figurinos de Ocimar Versolato em 2000, e finalmente os CDs “Seda Pura” de 2001 e “Feminino” de 2002, onde pôde viajar na obra de diversos compositores brasileiros.
Apesar de todo o sucesso, a relação com a crítica especializada nem sempre foi pacifica. No entanto, com o espaço conquistado, Simone Bittencourt é considerada uma estrela da MPB e brilhou na turnê do álbum “Baiana da Gema” de 2004, que reunia composições de Ivan Lins.
“Simone ao Vivo” foi lançado em CD e DVD em 2005, com algumas músicas já consagradas na carreira da cantora e participação de Ivan Lins, Milton Nascimento e Zélia Duncan.